quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sobre Amar

velhos desejos recolhidos
no beijo macio, acordam
e, se revelam na face rosada
e, no brilho do olhar se revelam
***
a pele macia da gema escondida
se aquece e deseja
o corpo enrigece e os pêlos se eriçam
o pensamento se confundem
***
aquela voz tão firme, fraqueja
torna-se rouca, quer amar
as mãos buscam e encontram
***
o corpo se revela na penumbra
as bocas se buscam
os corpos se unem

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Na noite

Na noite
De ganhos e tristezas
Teu cabelo negro e a testa contra esse balcão de bar
Um cigarro queimando solitário no cinzeiro
Ninguem chega pra te salvar
Esse alguem esta longe
Meus passos ate a porta fechada
Fico buscando a coragem
Que pensei estar dentro daquele copo de conhaque sem gelo
Um punho fechado...
E, teu olhar na minha memória...
Fui eu quem disse que tudo era um erro
Fui eu quem disse que não daria certo
Na noite
De passos nas tuas costas
Onde uma janis canta sozinha
Gritando sua dor
Onde eu venho caminhando
Com os ombros curvados
Carregando minha solidão
Na noite
De desculpas e sorrisos
Onde meu olhar encontra o teu
Nesse bar quase vazio
Nem uma palavra
Nem um desejo
Tua boca, minha boca
Uma fusão e você sou eu
Eu me vingo. eu me vingo mesmo
Sou eu quem pode mais
Sou eu quem te deseja mais

quarta-feira, 25 de maio de 2011

criador de mundos

Esconde teu mundo de mim
Disfarça teu nome no fim
Festeja a dor alheia
Palavras de conforto semeia
Liberta qualquer pensamento
Liberta qualquer tormento
Cria frases de repudio
Não sorri para todos verem
Sonha escrever, para todos lerem
Qual é o teu nome poeta?
Sera um pobre covarde?
Sera que em teu peito arde?
Uma dolorosa paixão?
Ou não tem coração?
Quem é que deve assinar?
Quem é que deve amar?
Todos podem ir ate seu destino
Pode estar onde bate o sino
Ou, onde as corujas piam
Ou, esta onde as campas guiam

...

sempre gostei de escrever. sempre me imaginei escrevendo. por muito tempo escrevia um texto por dia. era a minha valvula de escape. era nos textos que colocava as minhas aflições, tentações e ali jogava minhas derrotas.
tinhas varias formas de tratar isso, e a mais facil que me ocorria e, sempre ocorre, é criar um personagem e jogar nele a minha personalidade. ou, o que desejava que ela fosse.
hoje, me contento em ler o que os outros escrevem na vã esperança da minha inspiração voltar.