terça-feira, 23 de junho de 2009

Um dia houve despedidas...

Se forem aquelas construções moinhos de vento não teria como afirmar,
No meu sonho eles estavam contra o horizonte que amanhecia
A cidade que estava ficando para trás não era Cruz Alta e nenhuma outra que já tinha visto
Talvez fosse aquela cidade que povoa nossos sonhos mais alegres
Derrubando as sombras da madrugada o sol,
Imponente e limpo espalhava-se pela campanha
Iluminando coxilhas e capões virgens
Estava só com minhas reflexões
E, um semblante carregado me olhava do retrovisor quando nossos olhares se cruzavam
Era isso que eu tinha comigo
Visões e fantasmas esqueléticos contra o fundo azul do amanhecer
Despedidas e dúvidas no bagageiro do carro
Era um inverno difícil de se livrar
Daqueles que gelam a alma e marcam fundo no ser
Era um abandono próprio de quem nada tinha a perder
Nem o caminho sabia, mas o coração guiava
Curvas após curvas o passado ia ficando na madrugada que se despedia
Vida nova vinha batendo no pára-brisa
No horizonte galpões desenhados e refletindo o sol
Não. Não eram moinhos de vento.

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